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Entidades apontam riscos na lei de improbidade aprovada na Câmara dos Deputados

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Por Alex Rodrigues

Representantes de entidades que reúnem promotores públicos, procuradores da República e advogados públicos federais manifestaram, hoje (3), o temor de que pontos da proposta de revisão da Lei de Improbidade Administrativa (LIA), aprovada em junho pela Câmara dos Deputados, dificultem a punição a agentes públicos que cometerem crimes contra o patrimônio público a fim de obterem vantagens pessoais.

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Aprovada por ampla maioria na Câmara, a proposta de revisão da lei, uma das principais normas para proteger o patrimônio público e a moralidade administrativa, está em discussão no Senado, onde tramita como o Projeto de Lei (PL) 2.505.

Em debate esta manhã no Senado, convidados defenderam a revisão de propostas aprovadas pelos deputados, como a que prevê punições apenas para agentes públicos que, comprovadamente, agirem com dolo, ou seja, com intenção de lesar a administração pública.

“Estamos diante de um dilema. Como estabelecer um regime equilibrado de responsabilização do gestor público que, de um lado, proteja o patrimônio e outros interesses públicos relevantes para a sociedade, e, de outro, ofereça segurança jurídica adequada ao gestor diligente e probo”, questionou o presidente da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe), Lademir Gomes da Rocha.

Rocha admitiu a necessidade de atualização da Lei de Improbidade Administrativa, que, no próximo ano, completa 30 anos em vigor. Contudo, apontou “alguns riscos de retrocessos” embutidos no texto aprovado pela Câmara. “[Entre eles], uma redução do controle do juiz sobre a atividade probatória; uma dificuldade na decretação da indisponibilidade de bens, reduzindo o poder geral de cautela do juiz; a eliminação da improbidade culposa, especialmente nos casos de culpa grave; a exigência da demonstração do dolo específico e a alteração do quadro prescricional. Estes são elementos que nos preocupam”, pontuou Rocha.

O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Manoel Victor Sereni Murrieta e Tavares, também classificou como “preocupante” a possibilidade de se alterar os prazos para prescrição das denúncias por improbidade administrativa, de forma a reduzi-los. “Estamos convencidos de que, considerando nosso sistema Judiciário, a redução do prazo prescricional não permitirá ao Estado punir o agente público improbo”, disse Tavares, citando dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), segundo o qual uma ação de improbidade administrativa demora, em média, cinco anos para ser julgada no Brasil.

“Outra coisa que nos preocupa é [estabelecer um] prazo de um ano para a conclusão das investigações. Muitas das investigações que o MP realiza não dependem apenas da sua própria atuação. Dependem de informações de órgãos externos, de perícias complexas e de várias diligências. Não concordamos com investigações eternas, mas precisamos de um prazo aceitável para realizarmos estas investigações”, acrescentou.

O presidente da Conamp citou como positiva a previsão de inclusão na lei da possibilidade de acordo de não persecução civil, o que, segundo ele, evitaria o ajuizamento de uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa, mediante o cumprimento de condicionantes e a eventual aplicação de sanções para reparar danos ao erário.

“Muitas vezes, nós, membros do MP, por obrigação legal, nos víamos impossibilitados de declinar de ajuizar uma ação de improbidade, sob risco de respondermos por omissão ou prevaricação. Não tínhamos esta permissão legal de compor com um gestor para corrigir eventuais equívocos ou danos de menor intensidade. Este instrumento é o maior avanço desta revisão, já que separará aquilo que é grave e tem que ser judicializado”, destacou Tavares.

O advogado da União Vanir Fridriczewski apontou como um “equívoco” da Câmara dos Deputados, “a ser reparado no Senado”, a restrição a quem pode ajuizar ação por improbidade administrativa. “Atualmente, a ação pode ser proposta ou pelo MP ou pelo ente lesado. O que, a nosso ver, é acertado, pois aumenta as chances de reparação dos danos sofridos”, disse Fridriczewski, concordando com a revisão da lei. “Nosso ordenamento jurídico passou por muitas modificações [ao longo dos últimos 30 anos] e, sim, é chegado o tempo de modernizar a LIA, até para adaptá-la a novos institutos, como a delação premiada no processo penal e o acordo de leniência.”

EXCESSOS

Representantes de entidades municipalistas defenderam que a revisão da Lei de Improbidade Administrativa dará maior segurança jurídica para que gestores municipais possam tomar decisões administrativas sem medo de serem acusados por irregularidades não cometidas.

“Hoje, a LIA é uma lei em aberto e precisa ser regulamentada. Precisamos melhorar sua aplicação, pois estamos vendo prefeitos, ex-prefeitos e cidadãos se negando a participar da gestão pública”, alertou o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski.

Ziulkoski disse que a Constituição Federal atribuiu ao Ministério Público “muito poder”. “A lei [contra a improbidade administrativa] precisa existir e precisa ser aplicada, mas há uma minoria de promotores que, às vezes, procura fazer seu nome em cima de um prefeito. Tudo isso transparece na comunidade, onde a judicialização da prática política vem afastando as pessoas da gestão pública”, disse.

O presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), Ary Vanazzi, compartilha da opinião de Ziulkoski. Quatro vezes prefeito de São Leopoldo (RS), Vanazzi considera haver excessos por parte dos órgãos de controle. “De maneira alguma estamos defendendo facilitar a corrupção. Quem corrompe o Estado, que pague. Mas a maioria dos gestores públicos assume com a vontade de cuidar da vida da população. Poucos ocupam uma cadeira [prefeitura] com interesses próprios. É preciso fazer esta distinção”.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (Anpr), Ubiratan Cazetta, reconhece o “clamor” dos que acusam a LIA de impedir a efetiva gestão pública, mas aponta que o alcance da lei vai além da atuação de chefes do Poder Executivo, e daí sua amplitude. “Minha preocupação é que o foco sobre prefeitos dê cobertura a outros agentes públicos. Se formos olhar o debate apenas pela posição dos prefeitos, acabaremos retirando um campo de incidência da lei de pessoas que todos sabemos que merecem punição”, alertou Cazetta. Ele critica a proposta aprovada pela Câmara por, a seu ver, dificultar a comprovação de que um agente público tenha agido com dolo, ou seja, intencionalmente.

O texto aprovado pelos deputados limita a punição em caso de improbidade administrativa a condutas dolosas, ou seja, quando houve intenção de lesar os cofres públicos, excluindo a responsabilização por atos culposos, não intencionais.

“Não terei tanta saudade assim dos tipos culposos. Acho que uma abertura conceitual muito ampla faz mal, mas me preocupa que o que antes era muito aberto, agora pode se tornar de tal forma restritivo que a [exigência de comprovação de] dolo seja de tal forma rígida, redundante, que praticamente impossibilite a prova”.

O relator do texto aprovado pela Câmara, deputado Carlos Zaratini (PT-SP), rebateu as críticas de que a proposta inicial, apresentada por uma comissão de juristas, não tenha sido amplamente discutida com a sociedade antes de ir à votação em plenário. “Evidentemente, há divergências, e as respeitamos, pois são da natureza do debate político”, disse o parlamentar.

“Esta é uma lei que busca atacar a desonestidade, a improbidade. Não é uma lei para punir atos de prefeitos ou administradores de quem divergimos. Buscamos estabelecer um processo que tenha um tempo delimitado, pois não é possível continuarmos com processos de improbidade que levam décadas para serem julgados. Tenho certeza de que a Justiça vai se organizar para se ajustar à lei e que não haverá anistia [aos acusados], mas sim uma busca por eficiência [por parte do Poder Judiciário]. Também estabelecemos um prazo de seis meses para o MP apresentar sua denúncia, prorrogável por mais seis meses. Parece-nos um tempo razoável. E propusemos disciplinar a questão do bloqueio de bens, pois não é possível bloquear todos os bens de uma pessoa às vezes por uma mera suposição”, disse Zaratini.

(Alex Rodrigues é repórter da Agência Brasil)

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Indaiatuba sedia a 72ª edição da Prova Ciclística 1º de Maio

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#PraTodosVerem: A imagem mostra vários competidores uniformizados com suas bicicletas participando da Prova Ciclística 1º de Maio do ano passado, ao fundo aparecem várias copas de árvores bem verdes e um pouco desfocadas.

Com
apoio da Secretaria Municipal de Esportes Indaiatuba receberá a 72ª Prova
Ciclística 1º de Maio. A prova reunirá alguns dos melhores ciclistas e equipes
do país e contará pontos para os rankings da Confederação Brasileira de
Ciclismo (CBC), Classe 3, e da Federação Paulista de Ciclismo (FPCiclismo). As
inscrições já estão abertas e deverão ser feitas somente on-line, pelo
link  http://seapp.link/1demaio até às 23h59min
da sexta-feira, dia 26 de abril.

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Com início
marcado para às 8h, serão cinco baterias ao longo do dia e as provas ocorrerão
em um circuito fechado de 2.3 Km/Volta, na Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, S/N,
em frente ao estacionamento do Parque Ecológico de Indaiatuba.  Todas as categorias prometem bastante
disputa, com destaque para a Elite, masculina e feminina, que reunirá os
principais nomes do esporte. A Elite ainda terá premiação em dinheiro para os
cinco mais bem colocados de cada gênero.

As
categorias Kids Masculino/Feminino, Mirim Masculino/Feminino e Infantil
Masculino/Feminino, terão suas inscrições isentas. Não haverá nenhuma outra
forma de inscrição e/ou pagamento além do descrito, assim como não serão
realizadas inscrições no dia e local da prova.

Todo
ciclista poderá e deverá participar de apenas uma categoria na temporada, com
exceção do ciclista que por ventura participe da categoria MTB Elite. Nessa
situação, o mesmo, além da categoria MTB Elite, poderá se inscrever e participar
da categoria referente a sua idade.

A
disputa é para atletas filiados. As filiações para 2024 podem ser feitas direto
no site oficial, www.fpciclismo.com.br ou nos links
https://cbc.bigmidia.com/cadastroExterno/atleta (novo atleta) e  https://cbc.bigmidia.com/site/login (atleta
já filiado).

A 72ª Prova
Ciclística 1ª de Maio – 2024 é uma realização da Federação Paulista de
Ciclismo, com a supervisão da Confederação Brasileira de Ciclismo e o apoio da
Prefeitura Municipal de Indaiatuba e de suas Secretarias Municipais. Mais
informações no site www.fpciclismo.org.br

Programação

1ª Bateria

8h –
Infantil Fem./Masc. (2013 e 2014), 4 voltas

8h01 –
Mirim Fem./Masc. (2015 a 2016), 3 voltas

8h02 –
Kids Fem./Masc. (a partir de 2017), 1
volta

8h03 –
Infanto Juvenil Fem (2010 a 2012), 40 min

8h04 –
Infanto Juvenil Masculino (2010 a 2012), 40 min

2ª Bateria      

9h20 –
Master C1/ C2 50 A 5 9 (1965 a 1975), 70
min

9h20 –
Iniciantes Open Masculino (até 2007            ),
60 min

9h35 –
Juvenil Open Masculino (2008 a 2009), 60 min

9h45 – Master
D1/D2 (até 1963), 60 min

3ª Bateria

10h –
Elite Feminino (até 2001), 90 min

10h01 –
Sub 23 Feminino (2002 a 2005), 90 min

10h01 –
Master B (1974 a 1983), 80 min

10h02 –
Junior Feminino (2006 e 2007), 70 min

10h02 –
Juvenil Open Feminino (2008 a 2009), 60 min

10h03 –
Open Master Feminino (até 1993),             80
min

10h03 –
Iniciantes Open Feminino (até 2007), 60 min

 

4ª Bateria

11h40 –
Elite Masculino (até 2001), 120 min

11h40 –
Sub 23 Masculino (2002 a 2005), 120 min

11h41 –
Junior Masculino (2006 e 2007), 90 min

5ª Bateria

13h50 –
Sub 30 Masculino (1995 a 2001), 80 min   

13h51 –
Master A (1984 a 1993), 80 min

13h52 –
Mtb Elite (até 200)7), 60 min

*
sujeito a alterações

Fonte: Prefeitura de Indaiatuba

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Hospital Dia passa a contar com pronto atendimento adulto de segunda a sexta das 17h às 23h

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Foto: Eliandro Figueira RIC/PMI

#PraTodosVerem: Foto colorida mostra fachada do Hospital Dia com as portas abertas para a recepção. No interior há pacientes em pé aguardando para serem atendidos. A placa do Hospital Dia está acima com o logo da Prefeitura de Indaiatuba e o logo da Secretaria de Saúde abaixo. Fim da descrição.

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A farmácia da unidade também estará aberta para que o paciente já saia do atendimento com a medicação em mãos

#PraTodosVerem: Foto colorida mostra fachada do Hospital Dia com as portas abertas para a recepção. No interior há pacientes em pé aguardando para serem atendidos. A placa do Hospital Dia está acima com o logo da Prefeitura de Indaiatuba e o logo da Secretaria de Saúde abaixo. Fim da descrição.

A
Secretaria de Saúde de Indaiatuba anunciou na tarde desta sexta-feira (19), que
a partir da próxima segunda (22), o Hospital Dia passará a contar com pronto
atendimento adulto, todos os dias de segunda a sexta-feira, das 17h às 23h.
Atendimentos clínicos e médicos para pessoas a partir de 18 anos podem ser
realizados na unidade que também conta com sala de medicação e farmácia, exames
laboratoriais e raio-x.  Gestantes também
podem procurar pelo serviço para receber atendimento.

Segundo
o prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar, a medida é para oferecer mais opção
para população além da UPA e do Haoc. “Assim como em todo Brasil, Indaiatuba
tem registrado uma alta nos atendimentos de dengue e gripe, com isso os nossos
hospitais ficam cheios, ainda mais porque muitos pacientes são de fora da
cidade. Com o Hospital Dia aberto durante a semana à noite, podemos aliviar o
fluxo e atender ainda melhor o cidadão de Indaiatuba”, comentou Gaspar.

O
Hospital Dia ainda contará com o funcionamento da farmácia da unidade, para que
o paciente já saia do atendimento e já possa retirar a medicação. Além disso, a
unidade de saúde também terá à disposição uma viatura de suporte intermediário
a vida, para pacientes que precisarem de internação no Hospital Augusto de
Oliveira Camargo.

Hospital Dia – Av. Visconde de Indaiatuba,
199 – Vila Vitoria I


#PraTodosVerem: Foto
colorida dentro de um consultório médico, uma médica à esquerda está sentada
sorrindo para um senhor à direita que está sendo atendido. Na foto ainda há uma
mesa com papéis, caneta e um computador. Fim da descrição.

Fonte: Prefeitura de Indaiatuba

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Fiec comunica mudanças no acesso à fundação a partir do dia 22 de abril

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Entrada principal será interditada para realização de obras

19/04/2024 15:03h

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Foto: Juliana Wolf RIC/PMI

Foto colorida, mostrando a entrada principal da FIEC. Fim da descrição.

Entrada principal da FIEC interditada para obras de revitalização.

#PraTodosVerem: Foto colorida, mostrando a entrada principal da FIEC. Fim da descrição.

A Fundação Indaiatubana de Educação
e Cultura (Fiec) terá a entrada principal interditada a partir do dia 22 de
Abril de 2024 por conta da revitalização que está sendo realizada no local.
Portanto, até o final das obras, o acesso ao prédio acontecerá no período da manhã e da tarde para o embarque e desembarque de
 alunos, bem como, o atendimento ao
público no estacionamento, situado na Av. Engenheiro Fábio Roberto Barnabé,
3405. Já os alunos que cursam a noite a entrada será pelo estacionamento da
Secretaria de Esporte (Velódromo Municipal) na Rua Miguel Domingues, 790. 

  • Redator(es): Alyne Cervo
  • Release N.º: 294

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Fonte: Prefeitura de Indaiatuba

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